terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

ORIGEM E HISTÓRIA DA PALAVRA TÁXI


Prof. Dr. Oscar Luiz Brisolara
O transporte individual de pessoas sob cobrança tem origem muito remot. Os antigos romanos utilizavam-se das liteiras, uma espécie de padiola fechada, com uma cadeira em que eram carregadas pessoas por dois escravos, por distâncias não muito longas. Era o táxi do tempo. As liteiras para distâncias maiores eram de tração animal.
O nome táxi origina-se diretamente do inglês, e indiretamente do grego antigo. Provém do termo tax que significa imposto, taxa ou tarifa. Portanto, trata-se de um veículo que cobra tarifa, uma taxa para transportar alguém. No final do século XIX, o cientista alemão Wihhelm Bruhn inventou o taxímetro (taxameter, em alemão, taximeter em inglês) para medir percursos, que permitia a cobrança do transporte com mais exatidão. Esse termo é de origem grega. Forma-se de táxis (τάξις, taxa, tarifa) e métron (μέτρον, medida).
Veja-se que no tempo da invenção do taxímetro apenas estavam surgindo os primeiros carros a motor de combustão. Portanto, os primeiros táxis eram também de tração animal, como se pode constatar pela longa história dos meios de transporte humano.
Retornado ao início da história desses meios, constata-se que havia senhores ricos, os quais possuíam suas liteiras próprias, como os automóveis particulares de hoje. Porém, havia também aquelas de aluguel, como nossos táxis. As liteiras precederam os romanos. Entre os povos antigos, é famosa a liteira do rei Salomão.
UMA LITEIRA
Havia também, desde remotos tempos, as carruagens de rodas, com tração humana ou animal. As mais sofisticadas tinham uma boleia onde ficava o cocheiro que conduzia os animais. As mais simples eram conduzidas pelos próprios donos.
Entre esses meios de transporte individual havia as caleças, os tílburis, os coches. Estes últimos se caracterizavam por uma suspensão mais macia. A sege era geralmente mais sofisticada, com cobertura, janelas e cortinado, embora as demais carruagens pudes ser cobertas, especialmente dependendo do clima a que se destinavam.
Em certas cidades, recebiam nomes especiais, como, em Paris, os fiacres. Esse nome se originava de uma empresa que prestava serviços de transporte de tração animal. A sede desse estabelecimento ficava diante do hotel de Saint Fiacre. Assim, a carruagem dessa empresa passou a chamar-se de fiacre.
Nos países extremamente frios, como é o caso da Rússia, criaram-se os meios de transporte arrastados no gelo, os trenós, geralmente tracionados por cães, mas que também eram movidos por outros animais. Esses também tinham sistemas de aluguel.
Todos eles podiam ser conduzidos por um cocheiro, como nossos táxis pelos motoristas, ou alugados e conduzidos pelo próprio locador como nossos carros de aluguel.
Entre os transportes de tração animal, havia muitos tipos e recebiam os mais variados nomes, de acordo cos os locais onde eram usados ou de suas características próprias.
Na Alemanha, havia a berlinda (do alemão Berline), introduzida pelo rei Frederico Guilherme I de Brandemburgo. A caleche, inventada na França, tinha quatro rodas. O cabriolé, era uma carruagem de origem francesa com apenas duas rodas. O gig era uma carruagem de duas rodas, sem cobertura. A carriole era uma carruagem de duas rodas, puxada por um só cavalo. Cupê era uma carruagem com condutor na boleia aberta, e uma cabine de vidro fechada atrás, que protegia o passageiro da sujeira  e das intempéries do caminho.
Longa é a história dos transportes humanos e variados são os tipos de meio utilizado para tal. Os táxis são uma sofisticação de meios antigos, cujo futuro é ainda mais promissor.

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