terça-feira, 4 de outubro de 2016

A CIÊNCIA NA ANTIGUIDADE

Ancient_Aliens_tecnologia
A incrível tecnologia dos Antigos (6a)
Posted by Thoth3126 on 08/09/2016


O Enigma da Tecnologia Antiga 

A todos os cientistas-filósofos, de mente aberta, espalhados pelo mundo e que continuam a estudar, a aprender e a crescer. Possam eles nos levar até o infinito, e além. 

“E aqui, meu caro Watson, chegamos a um desses mundos da conjectura no qual as mentes mais lógicas podem falhar; cada um pode formular sua própria hipótese com base na evidência presente e, provavelmente, a sua será tão acertada quanto a minha”. Sherlock Holmes, a aventura da casa vazia.

Edição e imagens: Thoth3126@protonmail.ch

O Enigma da Tecnologia Antiga (livro: “A Incrível Tecnologia dos Antigos” de David Hatcher Childress)

Capítulo 6A – Guerras Atômicas na Antigüidade

“Com a história, aprendemos que não aprendemos nada com a história”. – Mark Twain

“A guerra é um instrumento totalmente ineficaz para a correção de erros; e multiplica as perdas, em vez de indenizá-las”. – Thomas Jefferson

Incríveis evidências de uma antiga guerra atômica

Esta nota apareceu na edição de 16 de fevereiro de 1947 no jornal Herald Tribune, de Nova York (reapresentada por Ivan T. Sanderson na edição de janeiro de 1970 de sua revista Pursuit):

Quando a primeira bomba atômica explodiu em Alamogordo Bombing Range, no Novo México, a areia do deserto se transformou em vidro verde fundido. Esse fato, segundo a revista Free World, deu voz a certos arqueólogos. Eles estavam escavando na antiga região do vale do rio Eufrates e descobriram uma camada de cultura agrária com cerca de 8.000 anos de idade, uma camada de cultura pastoril muito mais antiga e uma cultura de homens das cavernas mais remota ainda. Recentemente, eles chegaram a outra camada, mais profunda e antiga […] de vidro verde fundido. Pense nisso, meu irmão.

A primeira bomba atómica, explodiu no deserto do Novo México, criou um calor tão intenso que fundiu a areia do deserto em vidro VERDE”.

Sabe-se bem que explosões atômicas sobre o solo arenoso do deserto ou acima dele derretem o silício presente na areia e transformam a super­fície da Terra em uma camada de vidro. Mas se camadas antigas de vidro são encontradas em desertos pelo mundo afora, podemos supor que te­riam ocorrido guerras atômicas no passado, ou que, no mínimo, teriam sido feitos testes nucleares na aurora da história?

Essa teoria é espantosa, mas não por falta de evidências: lâminas de vidro em camadas antigas de desertos são um fato geológico RECORRENTE. Relâmpagos podem até derreter a areia, argumentam os meteorologistas, mas apenas segundo um padrão distinto, semelhante a uma raiz de árvore. Essas es­tranhas formações geológicas são chamadas fulguritos, manifestando-se como ramificações tubulares, mas não como lâminas planas de areia der­retida. Portanto, os relâmpagos podem ser descartados como causa de tais descobertas pelos geólogos, que preferem ater-se a teorias como queda de meteoros ou cometas. O problema com esta teoria é que geralmente não se encontra uma cratera de meteoros junto a essas lâminas de vidro anômalas.

Brad Steiger e Ron Calais dizem, em seu livro Mysteries of time and space, que Albion W. Hart, um dos primeiros engenheiros a se formar no MIT (Massachusetts Institute of Technology), recebeu a tarefa de acompa­nhar um projeto no interior da África. Enquanto ele e sua equipe estavam se dirigindo a uma região quase inacessível, tiveram antes de atravessar uma grande área desértica.

“Na época, ele ficou intrigado e sem saber explicar uma grande quan­tidade de vidro esverdeado que cobria as areias até onde ele conseguia enxergar”, escreve Margarethe Casson em um artigo sobre a vida de Hart na revista Rocks and Minerals (n°. 396,1972). Ela prossegue: “Mais tarde, em sua vida profissional […] ele passou pela região de White Sands após a primeira explosão atômica ocorrida lá, e reconheceu o mesmo tipo de fusão de silício que observara cinqüenta anos antes no deserto africano”.

O mistério das tectitas

Grandes regiões desérticas cobertas de misteriosos glóbulos de “vi­dro” – conhecidos como tectitas – são discutidas ocasionalmente na lite­ratura geológica. Supõe-se que esses pedaços de “vidro endurecido” (pois na verdade o vidro é um líquido) provenham, na maioria das vezes, do im­pacto de meteoritos, mas a evidência mostra que em muitos casos não existe uma cratera de impacto pela queda de meteoro.

Quando a primeira bomba atômica explodiu em Alamogordo Bombing Range, no Novo México, a areia do deserto se transformou em vidro verde fundido.

Outra explicação é que as tectitas têm uma causa terrestre – que in­clui guerra atômica ou armas de alta tecnologia, capazes de derreter a areia. O debate sobre as tectitas foi resumido em um artigo publicado por John O’Keefe na revista Scientific American de agosto de 1978, intitulado “The tektite problem”. Disse O’Keefe:

Se as tectitas são terrestres, isso significa que existe um processo pelo qual o solo ou as pedras comuns podem se converter instantaneamente em vidro homogêneo, isento de água e sem bolhas, sendo lançadas milhares de quilômetros acima da atmosfera. Se as tectitas provêm da Lua, parece lógico inferir que houve pelo menos um vulcão poderoso que entrou em erupção em algum pon­to da Lua há pouco tempo, digamos, há 750 mil anos. Nenhuma possibilidade é de fácil aceitação. Contudo, uma delas deve ser aceita, e acredito que é viá­vel escolher a alternativa mais razoável rejeitando a menos provável. A chave para a solução do problema das tectitas é insistir em uma hipótese fisicamente razoável e recusar permitirmo-nos nos impressionar por me­ras coincidências numéricas, como a semelhança entre sedimentos terres­tres e o material de tectitas. Acredito que a hipótese do vulcanismo lunar é a única fisicamente viável, e teremos de aceitá-la. Se ela levar a conclusões inesperadas, mas não impossíveis, terá sido justamente essa a sua utilidade. Para citar apenas um exemplo da utilidade, a origem lunar das tectitas apóia fortemente a idéia de que a Lua teria sido formada pela fissão da Terra. Com efeito, as tectitas são bem mais parecidas com pedras terrestres do que se poderia esperar de um agrupamento aleatório. Se as tectitas provêm do magma lunar, deve haver material semelhante ao manto da Terra bem no interior da Lua – mais semelhante ao manto do que às partes mais rasas da Lua, das quais se originaram os basaltos da superfície lunar. Se a Lua foi formada pela fissão da Terra, o objeto em que ela se tornou teria se aqueci­do intensamente, e de fora para dentro, e teria perdido a maior parte de sua massa original, especialmente os elementos mais voláteis. As lavas que cons­tituem a maior parte da atual superfície lunar surgiram no início da histó­ria da Lua, quando seu calor estava concentrado na rasa zona esgotada perto da superfície. Durante períodos recentes, representados por quedas de tectitas, as fontes de vulcanismo lunar têm sido necessariamente muito mais profundas, de modo que quaisquer vulcões responsáveis por tectitas extraí­ram o material lunar que menos sofreu durante os períodos de ablação, e portanto é o mais similar ao material inalterado do manto terrestre. Ironicamente, isso explicaria porque as tectitas são, de certo modo, mais parecidas com rochas terrestres do que com pedras da superfície lunar.

Vidro misterioso no deserto egípcio

Um dos mais estranhos mistérios do antigo Egito é o das grandes lâ­minas de vidro, descobertas apenas em 1932. Em dezembro daquele ano, R. Clayton, pesquisador do Egyptian Geological Survey, estava percorrendo uma estrada próxima ao Grande Mar de Areia no platô Saad, uma área praticamente desabitada ao norte da extremidade sudoeste do Egito, quan­do ouviu o pneu de seu veículo esmagar alguma coisa que não era areia. Eram grandes pedaços de um vidro maravilhosamente límpido, amarelo-esverdeado.

Na verdade, não era um vidro comum, mas extremamente puro – es­pantosos 98% de silício. Clayton não foi a primeira pessoa a encontrar esse campo de vidro, pois diversos caçadores e nômades pré-históricos também encontraram o hoje famoso Vidro do Deserto Líbio, ou LDG-Libyan desert glass, em inglês. O vidro fora usado no passado para fabricar armas e ferramentas pontiagudas, bem como outros objetos. Um escaravelho entalhado de ldg foi encontrado até na tumba de Tutankamon, indicando que às vezes esse vidro era usado em joalheria.

Um artigo na revista científica inglesa New Scientist (10 de julho de 1999), escrito por Giles Wright e intitulado “O enigma das areias”, diz que o LDG é o mais puro vidro de silício já encontrado. Mais de mil toneladas dele estão espalhadas por centenas de quilômetros de deserto árido. Al­guns dos pedaços pesam mais de 25 quilos, mas na maior parte o ldg se apresenta em pedaços menores e angulosos, parecendo os estilhaços de uma gigantesca garrafa verde esmagada por forças colossais.

O LDG parece ser puro demais para ser o fruto de uma caó­tica colisão celeste de um meteoro.

Segundo o artigo, o LDG, puro como é, não contém bolhas, traços leitosos ou manchas escuras. As inclusões esbranquiçadas são de minerais refratários, como a cristobalita. As manchas onduladas, semelhantes a nanquim, porém, são ricas em irídio, o que diagnosticaria um impacto extraterrestre, como um meteorito ou cometa, segundo se convencionou afirmar. A teoria geral “aceita” diz que o vidro foi criado pelo impacto escaldante de um projétil cósmico que derreteu a areia.

Entretanto, há sérios entraves a essa teoria, diz Wright, bem como muitos mistérios a respeito desse trecho de deserto com relação ao vidro puro. O principal problema: de onde veio essa imensa quantidade de esti­lhaços de vidro, completamente dispersos? Não há evidência de uma cra­tera de impacto da queda de um meteoro; a superfície do Grande Mar de Areia não mostra sinais de uma cratera gigante tampouco as sondagens de grande profundidade fei­tas com satélite de microondas revelam algo.

Além disso, o LDG parece ser puro demais para ser o fruto de uma caó­tica colisão celeste. Wright diz que as crateras de impacto conhecidas, como a de Wabar, na Arábia Saudita, estão repletas de pedaços de ferro e de outros detritos deixados pelos meteoritos. Não é o caso dos lugares onde se encontra o Vidro do Deserto Líbio. Além disso, o LDG está concen­trado em duas áreas, não em uma. Uma área é ovalada; a outra é um anel circular com 6 quilômetros de largura e 21 de diâmetro. O vasto centro do anel é desprovido de LDG.

Uma teoria alega que teria ocorrido um impacto “suave”, ou seja, um meteorito, com diâmetro de 30 metros, digamos, detonou a uma altitude de uns 10 quilômetros acima do Grande Mar de Areia. A escaldante explo­são de ar pode ter derretido a areia sob ela. Um impacto sem cratera é a explicação dada para o Evento de Tunguska, ocorrido em 1908, na Sibéria, pelo menos segundo a ciência oficial. Esse evento, como o vidro puro do deserto, ainda é um mistério.

Outra teoria sugere que um meteorito teria ricocheteado na superfí­cie do deserto, deixando uma crosta vítrea e uma cratera rasa, que em pou­co tempo foi preenchida. Mas o LDG é encontrado em duas áreas. Teriam caído projéteis cósmicos em seguida um do outro?

É possível que o deserto vitrificado seja o resultado das guerras atômicas de um passado remoto. Também é possível que ele tenha sido afetado por uma arma de raios do tipo Tesla, que teria derretido a areia, talvez em um teste. Um artigo de Kenneth Oakley foi publicado na revista inglesa Nature (n°. 170, 1952) sobre o misterioso vidro do deserto, intitulado “Datação do vidro de silício do deserto líbio”. Diz Oakley:

Pedaços de vidro de silício natural, com peso de até 7,5 quilos, aparecem espalhados esparsamente sobre uma área oval medindo aproximadamente 130 quilômetros de norte a sul e 53 quilômetros de leste para oeste, no Mar de Areia do deserto da Líbia. Esse material notável, quase puro (97% de silí­cio), relativamente leve (gravidade específica 2,21), transparente e de colo­ração amarelo-esverdeada, tem as qualidades de pedra preciosa. Foi descoberto pela Expedição de Pesquisa Egípcia liderada pelo senhor P. A. Clayton em 1932, e foi amplamente estudado pelo doutor L. J. Spencer, que organizou um grupo do instituto especificamente para estudá-lo em 1934.

Pedaços de LDG espalhados por uma vasta área do deserto da Libia

Os pedaços são encontrados em corredores isentos de areia entre cristas de dunas que se estendem na direção norte-sul, com uns 100 metros de altura e 2 a 5 quilômetros de distância umas das outras. Esses corredores ou “ruas” têm superfície rugosa, como a de uma pista de corrida, formada por pedregulhos angulares e detritos vermelhos e barrentos, superpostos ao leito desértico da Núbia. Os pedaços de vidro ficam nessa superfície, ou ligeira­mente enfiados nela. Apenas alguns fragmentos pequenos foram encontra­dos abaixo da superfície, e nenhum mais profundo do que 1 metro. Todos os pedaços da superfície estavam lascados ou aplanados pela ação da areia. A distribuição do vidro é regular […] Embora indubitavelmente natural, a ori­gem do vidro de silício do deserto líbio é incerta. Por sua constituição, pare­cem tectitas de suposta origem cósmica, mas estas são bem menores. Geralmente, as tectitas são pretas, embora uma variedade encontrada na Boêmia e na Morávia, conhecida como moldavita, seja transparente e de um verde bem escuro. O vidro de silício da Líbia também foi comparado ao vidro formado pela fusão da areia gerada pelo calor da queda de um grande meteoro, como em Wabar, na Arábia, e em Henbury, no centro da Austrália. Relatando as descobertas de sua expedição, o doutor Spencer disse que não fora capaz de ligar o vidro da Líbia a nenhuma fonte; não foram encontra­dos fragmentos de meteoritos, nem indicações de crateras de meteoritos na área pela qual o vidro se distribui. Disse ele: “Parece mais fácil presumir que ele simplesmente caiu do céu”.

Seria bastante interessante poder identificar a época da origem ou da che­gada do vidro de silício no Mar de Areia, tanto por meios geológicos como arqueológicos. Sua restrição à camada superficial ou superior sugere, do ponto de vista geológico, que ele não é muito antigo. Por outro lado, é evi­dente que está lá desde tempos pré-históricos. Alguns pedaços foram apre­sentados a egiptólogos no Cairo, que o avaliaram como do “final do Neolítico ou Pré-dinástico”. Apesar de cuidadosa pesquisa realizada pelo doutor Spencer e pelo falecido senhor A. Lucas, não se encontrou objeto de vidro de silício nas coleções da tumba de Tut-Ankh-Amon ou de qual­quer outra tumba dinástica. Não foram encontrados fragmentos de argila na área do vidro de silício, mas nas vizinhanças dos estilhaços foram acha­das algumas “toscas pontas de lança feitas de vidro”; além disso, encon­traram-se alguns implementos de quartzito, “pedras de moinho” e fragmentos de ovo de avestruz.

Aparentemente, Oakley está errado ao dizer que não foi encontrado LDG na tumba de Tutankamon, pois, segundo Wright, foi encontrada uma peça. Seja como for, as áreas vitrificadas do deserto líbio ainda precisam ser explicadas. Seriam provas de uma guerra antiga – uma guerra que transformou o norte da África e a Arábia no deserto de hoje?

Em 1996, no Museu Egípcio, no Cairo, o mineralogista italiano Vincenzo de Michele viu uma pedra verde e amarela incomum como um escaravelho no meio de um dos colares de Tutankhamon.

Os fortes vitrificados da Escócia

Um dos maiores mistérios da arqueologia clássica é a existência de muitos fortes vitrificados na Escócia. Seriam eles outra evidência de uma antiga guerra atômica? Talvez sim, talvez não.

Dizem que há pelo menos sessenta fortes desses espalhados pela Es­cócia. Entre os mais conhecidos estão o Tap O’Noth, Dunnideer, Craig Phadrig (perto de Inverness), Abernathy (próximo a Perth), Dun Lagairdh (em Ross), Cromarty, Arkea-Unskel, Eilean na Goar e Bute-Dunagoil, este na ilha de Arran. Outro forte vitrificado bastante conhecido é o forte da colina Cauadale, em Argyll, no oeste da Escócia.

Um dos melhores exemplos de forte vitrificado é Tap O’Noth, perto da aldeia de Rhynie, no nordeste da Escócia. Este forte maciço, datado da pré-história, fica no alto da montanha do mesmo nome (560 metros de altu­ra), com uma vista impressionante da região de Aberdeenshire.

À primeira vista, parece que as paredes são feitas de pedregulhos, mas, olhando de perto, vê-se que não são pedras secas, mas rochas derretidas! O que antes era um conjunto de pedras isoladas tornou-se massa preta e incinerada, fundida por um calor tão intenso que rios de pedra derretida escorreram pelas paredes.

Relatos sobre fortes vitrificados datam desde 1880, quando Edward Hamilton escreveu um artigo intitulado “Fortes vitrificados da costa oes­te da Escócia” no Archaeological Journal (n°. 37, p. 227-243, 1880). Em seu artigo, Hamilton descreve diversos sítios em detalhes, inclu­sive Arka-Unskel:

No ponto onde o Loch na Nuagh começa a se estreitar, onde a margem oposta se situa entre 2.400 e 3.200 metros de distância, há um pequeno promontório ligado à terra por uma estreita faixa de areia e grama, que evidentemente submergia sob a maré alta. No cume plano desse promontório, ficam as ruí­nas de um forte vitrificado cujo nome é Arka-Unskel.

Um dos melhores exemplos de forte vitrificado é Tap O’Noth, perto da aldeia de Rhynie, no nordeste da Escócia. O que antes era um conjunto de pedras isoladas tornou-se massa preta e incinerada, fundida por um calor tão intenso que rios de pedra derretida escorreram pelas paredes.

As rochas sobre as quais esse forte se situa são de gnaisse metamórfica, coberta de grama e musgo, e erguem-se sobre três lados quase perpendicu­lares uns 35 metros acima do nível do mar. A superfície lisa do alto é dividi­da em duas porções por uma leve depressão. Na maior delas, com lados que se precipitam para o mar, situa-se a principal parte do forte, que ocupa toda a superfície plana. Sua forma é levemente ovalada, a circunferência tem uns 64 metros e as paredes vitrificadas podem ser vistas por toda sua extensão […] Cavamos sob a massa vitrificada e vimos algo muito interessante, que lançou alguma luz sobre a maneira pela qual o fogo vitrificou a pedra. A parte interna da parede vitrificada ou superior não foi tocada pelo fogo em uma extensão de 35 a 45 centímetros, exceção feita a algumas pedras mais planas que ficaram levemente aglutinadas e às pedras, todas de feldspato, que foram dispostas em camadas.

Portanto, ficou evidente, primeiro, que uma base tosca de rochas foi posta sobre a pedra original; depois, que uma camada espessa de pedras soltas, na maioria de areia de feldspato e de um tipo diferente daquelas encontradas nas vizinhanças próximas, foi aplicada sobre essa base, sendo posteriormen­te vitrificada por uma fonte externa de calor. Essa base de pedras soltas tam­bém é encontrada no forte vitrificado de Dun Mac Snuichan, no Loch Etive. Hamilton descreve outro forte vitrificado, este bem maior, situado na ilha à entrada do Loch Ailort.

Esta ilha, localmente chamada Eilean na Goar, é a mais oriental, estando cercada de despenhadeiros de rochas de gnaisse por todos os lados; é mora­da e ninho para diversas aves marinhas. A superfície plana do alto fica 40 metros acima do nível do mar, e o resto dos fortes vitrificados se situam aí, com forma oval e um baluarte contínuo de parede vitrificada com 1,6 metro de espessura e ligado pela extremidade sudoeste a uma rocha de gnaisse vertical. O espaço envolvido por essa parede tem 140 metros de circunferên­cia e 23 metros de largura. Na extremidade oriental há uma grande massa de parede vitrificada dos dois lados. No centro do espaço cercado há uma depressão profunda, na qual se vê massas de parede vitrificada e dispersa, evidentemente destacadas de seu local original.

Naturalmente, Hamilton faz algumas perguntas óbvias a respeito das fontes: foram estruturas construídas como meios de defesa? A vitrificação foi resultado de acidente ou proposital? Como se produziu a vitrificação?

No processo de vitrificação, enormes blocos de pedra se fundem com pedregulhos e formam uma massa dura e vítrea. As explicações apresentadas para a vitrificação são escassas e díspares, e nenhuma tem aceitação univer­sal. Uma das primeiras teorias dizia que os fortes se localizariam sobre anti­gos vulcões (ou o que restaria deles) e que as pessoas usariam pedras derretidas, ejetadas pelas erupções, para construir esses assentamentos.

Tal idéia foi substituída pela teoria de que os construtores das pare­des projetaram os fortes de tal modo que a vitrificação se deu proposita­damente, a fim de fortalecer as paredes. Essa teoria postula que foram acesas fogueiras, com acréscimo de material inflamável, para produzir paredes fortes o suficiente para resistir à umidade do clima local ou aos exércitos inimigos.

É uma teoria interessante, mas que apresenta vários problemas. Para começar, não existe indicação de que essa vitrificação fortaleça as pare­des; na verdade, parece enfraquecê-las. Em muitos casos, as paredes dos fortes parecem ter ruído por causa das fogueiras. Além disso, como as paredes de muitos dos fortes escoceses foram vitrificadas apenas em par­te, esse método de construção não teria se mostrado muito eficaz.

Dun-Mac-Sniachan, agora está coberta de árvores, a beleza desta velha fotografia mostra as formas do forte.

Em seu relato das guerras na Gália, Júlio César descreveu um tipo de fortaleza de madeira e pedra conhecida como murus gallicus. É um dado interessante para aqueles que procuram soluções para o mistério dos for­tes vitrificados, pois essas paredes eram feitas de muros de pedra preen­chidos com pedregulhos e toras de madeira para dar-lhes estabilidade. Parece lógico sugerir que a queima dessas paredes com madeira em seu interior poderia ter causado a vitrificação. Alguns pesquisadores estão certos de que os construtores dos for­tes causaram a vitrificação. Arthur C. Clarke menciona uma equipe de químicos do Museu de História Natural de Londres que esteve estudan­do diversas fontes:

Levando em conta as elevadas temperaturas que tinham de ser produzidas e o fato de que mais ou menos sessenta fortes vitrificados são encontrados em uma área limitada da Escócia, não acreditamos que esse tipo de estrutu­ra possa resultar de fogo acidental. Foram necessários cuidados no planeja­mento e na construção.

Entretanto, uma arqueóloga escocesa, Helen Nisbet, acredita que a vitrificação não foi feita propositadamente pelos construtores dos fortes. Em uma análise detalhada dos tipos de rocha empregados, ela revela que a maioria dos fortes foi construída com pedras facilmente encontradas na área, e não pela propriedade de vitrificação.

O processo de vitrificação em si, mesmo que propositado, ainda é mis­terioso. Uma equipe de químicos do programa Mysterious World, de Arthur C. Clarke, submeteu amostras de rocha de onze fortes a rigorosas análi­ses químicas, e declarou que a temperatura necessária para a vitrificação era tão intensa – até 1.100°C – que a mera queima das paredes contendo apenas toras de madeira e pedra não teria produzido essas temperaturas.

Mesmo assim, experiências realizadas na década de 1930 pelo famo­so arqueólogo V. Gordon Childe e seu colega Wallace Thorneycroft mos­traram que era possível atear fogo a fortes e gerar calor suficiente para vitrificar a pedra. Em 1934, essa dupla criou uma parede de testes com 3,70 metros de comprimento, 2 metros de largura e 2 metros de altura, feita para eles em Plean Colliery, Stirlingshire. Eles usaram velhos tijolos de barro para as faces, suportes de poço como madeira e pequenos cubos de cascalho de basalto para preencher a cavidade entre as paredes. Final­mente, cobriram a parte superior com turfa. Depois, empilharam mais ou menos 4 toneladas de restos de madeira e gravetos contra as paredes, ate­ando fogo à pilha. Por causa de uma nevasca que estava a caminho, um vento forte aumentou a brasa da mistura de madeira e pedra, de modo que o cascalho central chegou a vitrificar.

Em junho de 1937, Childe e Thorneycroft duplicaram o teste de vitrificação no antigo forte de Rahoy em Argyllshire, usando pedras en­contradas no local. Porém, suas experiências não dissiparam as dúvidas em torno dos fortes vitrificados, pois só provaram que, teoricamente, se­ria possível empilhar madeira e gravetos suficientes sobre uma mescla de madeira e pedra para vitrificar a massa de pedras. Uma crítica que se faz a Childe é que ele parece ter usado uma quantidade de madeira bem maior que a de pedra, em termos proporcionais, se comparada àquela que mui­tos historiadores consideram a constituição das antigas fortalezas de madeira e pedra.

Uma parte importante da teoria de Childe é que teriam sido invaso­res, e não os construtores, a atacar os fortes e a atear fogo às paredes com pilhas de madeira e gravetos; contudo, é difícil compreender por que as pessoas teriam construído, repetidas vezes, defesas que invasores podiam destruir com fogo, quando grandes baluartes de pedra sólida teriam resis­tido sem problemas aos ataques.

Críticos da teoria do ataque dizem que para gerar calor suficiente com fogo natural, as paredes teriam de ser especialmente construídas. Parece pouco razoável supor que os construtores fariam fortes para ser queima­dos, ou que um esforço tão grande seria realizado pelos invasores para provocar incêndios cujo calor conseguisse vitrificar as paredes – pelo menos com métodos tradicionais. Um problema com todas essas teorias é que, presumidamente, asso­ciam uma cultura primitiva à Escócia antiga.

É espantoso imaginar como deve ter sido numerosa e bem coordena­da a população (ou exército) designada para construir e habitar essas es­truturas antigas. Em seu livro Mysterious Britain, Janet e Cohn Bord falam do Maiden Castle para dar uma idéia da extensão dessa maravilha da engenharia pré-histórica:

Ele cobre uma área de 48 hectares, com uma largura média de 500 metros e comprimento de 1.000 metros. A circunferência interna tem 2,4 quilôme­tros e, segundo se estimou, seriam necessários 250 mil homens para defendê-lo! Portanto, é difícil acreditar que essa construção tenha sido des­tinada à defesa.

Um grande enigma para os arqueólogos sempre foi as múltiplas e labirínticas entradas a leste e a oeste, em cada extremidade do complexo. Originalmen­te, podem ter sido construídas como trajeto de procissão por pessoas da Era Neolítica. Mais tarde, quando guerreiros da Idade do Ferro estavam usando o local como fortaleza, provavelmente acharam as entradas úteis para con­fundir as forças de ataque que tentassem ter acesso ao forte. O fato de tan­tos “fortes em colina” terem duas entradas – uma a nordeste e outra a sudoeste – também sugere algum tipo de cerimonial solar.

Maiden Castle, esquema de sua ocupação.

Se 250 mil homens defendem um forte, estamos falando de um exér­cito enorme em uma sociedade muito organizada! Não se trata apenas de um bando de pictas envoltos em peles toscas e armados de lanças, defen­dendo um forte do ataque de bandos saqueadores de caçadores-coletores.

Contudo, fica ainda a pergunta: que grande exército poderia ter ocu­pado esses fortes sobre colinas perto de entradas por mar ou por lago? E de qual grande força marítima essas pessoas estavam tentando inutil­mente se defender?

Os fortes na costa oeste da Escócia lembram os misteriosos fortes so­bre colinas nas ilhas Aran, na costa oeste da Irlanda. Lá, temos a visão de lembranças da história da Atlântida, com uma poderosa força naval ata­cando e conquistando seus vizinhos em uma terrível guerra. Alguns suge­rem que as terríveis batalhas da história da Atlântida aconteceram em Gales, na Escócia, na Irlanda e na Inglaterra – porém, no caso dos fortes vitrificados da Escócia, a impressão que se tem é que são remanescentes de uma guerra perdida. E a derrota pode ser vista por toda parte: diques de guerra em Sussex, fortes vitrificados na Escócia, o colapso e o desapa­recimento da civilização que construiu essas coisas: que armagedon des­truiu a antiga Escócia?

Nos tempos antigos, havia uma substância conhecida como “fogo gre­go”. Era um tipo de bomba de napalm lançada por catapulta, que não se podia apagar. Dizem que alguns tipos de fogo grego queimavam até debai­xo da água, e que por isso eram usados em batalhas navais. (A verdadeira composição do fogo grego é hoje desconhecida, mas deve ter tido ingredientes como fósforo, piche, enxofre e outros inflamáveis.)

Teria sido o fogo grego o responsável pela vitrificação? Embora os teó­ricos da astronáutica antiga possam acreditar que extraterrestres com ar­mas atômicas teriam vitrificado essas muralhas, parece mais provável que isso tenha sido obra de um apocalipse humano, de natureza química. Teria uma vasta frota atacado esses enormes fortes com máquinas de assédio, naus de combate e fogo grego, incinerando-os em uma fogueira infernal?

A evidência representada pelos fortes vitrificados é clara: uma civili­zação altamente organizada e empreendedora viveu na Escócia, na Ingla­terra e em Gales na Pré-história, aproximadamente em 1000 a.C. ou antes, e construía estruturas gigantescas, inclusive fortes. Aparentemente, era uma civilização marítima que se preparava para guerras navais e outras formas de ataque.

Maiden Castle nos dias de hoje.

Mais ruínas vitrificadas

Outras ruínas vitrificadas podem ser encontradas na França, na Tur­quia e em outras regiões do Oriente Médio. Fortes vitrificados da França são discutidos no American Journal of Science (v. 3, no. 22, p. 150-51, 1881), que apresentou um artigo de M. Daubree intitulado “Das substâncias en­contradas em alguns ‘Forts vitrifiés’ da França”.

O autor menciona vários fortes na Bretanha e no norte da França cujos blocos de granito foram vitrificados. Ele menciona as “pedras graníticas parcialmente derretidas dos fortes de Chatêau-vieux e de Puy de Gaudy (Creuse), também próximos de Saint Brieuc (Cotes-du-Nord)”. Daubree, compreensivelmente, não pôde encontrar uma explicação simples para a vitrificação.

Do mesmo modo, as ruínas de Hattusas, uma antiga cidade hitita na Turquia Central, estão parcialmente vitrificadas. Dizem que os hititas in­ventaram a carruagem, e os cavalos eram muito importantes para eles. É nas antigas esteias hititas que vemos uma carruagem pela primeira vez. É bem provável, por exemplo, que a China antiga também usasse carrua­gens naquela época.

Os hititas usavam o inusitado símbolo da águia de duas cabeças – que os alemães usam até hoje – e também estão relacionados com o fantástico mundo da Índia antiga. Escritos proto-índicos foram encontrados em Hattusas, e hoje os estudiosos admitem que a civilização indiana, como afirmam antigos textos como o Ramayana, tem vários milênios de idade.

Em seu livro de 1955, The Bible as history, o historiador alemão Werner Keller menciona alguns dos mistérios relacionados com os hititas. Segundo Keller, os hititas são citados inicialmente na Bíblia quando se fala do patriarca Abraão, que pede aos “filhos de Het” um túmulo para enterrar Sara (Gênesis 23). Keller, um acadêmico clássico, conservador, fica confuso diante disso, pois a época em que Abraão teria vivido situa-se entre 2.000 e 1.800 a.C., enquanto os hititas teriam surgido no século XVI a.C.

As paredes e portais maciços de Hattusas são estra­nhamente parecidos com aquilo que se encontra nos Andes e em outros sítios megalíticos do mundo

Ainda mais confusa para Keller é a declaração de que os hititas fun­daram Jerusalém (Números 13:29-30). Essa é uma afirmação impressio­nante, pois significaria que os hititas também teriam ocupado Baalbek, que fica entre o seu reino e Jerusalém. Como vimos, o Templo de Jerusa­lém situa-se sobre uma base de enormes lajes, tal como Baalbek. Com cer­teza, os hititas fizeram edificações megalíticas conhecidas como ciclópicas – imensos blocos poligonais, de formas incomuns e perfeita­mente encaixados. As paredes e portais maciços de Hattusas são estra­nhamente parecidos com aquilo que se encontra nos Andes e em outros sítios megalíticos do mundo. A diferença em Hattusas é que parte da cida­de é vitrificada e as muralhas de pedra estão parcialmente derretidas.

Se os hititas construíram Jerusalém, isso significa que o antigo impé­rio hitita teria existido por vários milhares de anos, fazendo fronteira com o Egito. Com efeito, a escrita hieroglífica é inegavelmente similar aos hieróglifos egípcios, talvez mais do que qualquer outra língua.

Assim como o antigo Egito, o Império Hitita tem vários milhares de anos e está, em última análise, ligado à Atlântida. Como os egípcios, os hititas esculpiram enormes esfinges de granito, em escala ciclópica, reve­renciavam o Sol e também usavam o símbolo do disco alado para represen­tar o deus-sol. Os hititas eram renomados no mundo antigo porque dominavam a fabricação de objetos de ferro e de bronze, e eram metalúrgicos e navegantes. Seus discos alados podem ter sido, na verdade, representa­ções das máquinas voadoras que chamamos vimanas.

Alguns dos antigos zigurates do Irã e do Iraque também contêm ma­teriais vitrificados, que os arqueólogos eventualmente supõem terem sido fruto do “fogo grego”. Os restos vitrificados do zigurate de Birs Nimrod (Borsippa), por exemplo, ao sul de Hillah, chegaram a ser consi­derados como a “Torre de Babel”.

Hattusa, o portão do Rei

As ruínas são coroadas por uma massa de tijolos vitrificados – tijolos de barro fundidos por um calor intenso. Isso pode ser devido às horrendas guerras antigas descritas no Rama­yana e no Mahabharata, embora os primeiros arqueólogos tenham atri­buído o efeito a relâmpagos.

“A destruição vem; eles procurarão a paz, mas não haverá paz”. – Ezequiel (7: 25)



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