quarta-feira, 30 de março de 2016

O FAMOSO PALÁCIO DE ROMA CONSTRUÍDO POR NERO – A DOMUS AUREA NERONIS - NERO'S PALACE IN ROME

Prof. Dr. Oscar Luiz Brisolara
Nero assumiu o trono muito jovem, com apenas dezesseis anos, em 13 de outubro de 54. Seu mestre Sêneca governou em seu nome nos cinco primeiros anos de seu mandato. Gradativamente foi tomando o poder, que disputou com a mãe que desejava dominá-lo. Somente aos 22 anos, quando a assassinou, o imperador se tornou livre da influência dela, que tinha então apenas 43.
Nero foi um homem cruel sob cuja responsabilidade pesam muitos crimes, além do da própria mãe. Assassinou Britânico, seu irmão adotivo, sua primeira esposa e irmã adotiva Cláudia Otávia, sua esposa Popeia Sabina, seu mestre e ministro o filósofo Sêneca, seu ministro o escritor Petrônio, seu colega de estudos o jurista e poeta Lucano, somente para citar alguns.
Além disso, condenou uma legião de cristãos, muitos dos quais foram incendiados para iluminar a cidade à noite, como verdadeiras tochas vivas. Outros tantos foram crucificados em praças públicas. O cristão mais importante vitimado pelo cruel imperador foi São Pedro, o primeiro papa católico.
Em julho de 64, mandou incendiar as residências de madeira que existiam na encosta do monte Esquilino e iniciou a construção de seu enorme palácio residencial que ficou conhecido como “Domus Aurea”, ou seja, casa dourada.

DOMUS AUREA NERONIS






Na realidade, ele tentou negociar a transferência dos moradores para outro local. Como se tratava de um ponto muito próximo ao centro da cidade, eles não aceitaram a proposta. Ocorreu, então, o incêndio, apresentado ao povo como acidental.
Nos quatro anos de vida que lhe restaram, o dinâmico imperador construiu um dos mais deslumbrantes palácios que Roma conheceu.
A suntuosa construção com imensos jardins, lago e muitos prédios de diversas dimensões, cobria uma área de 80ha (oitenta hectares), como oitenta quarteirões quadrados de 100m por 100m. Estendia-se pelas encostas dos montes Palatino, Esquilino e Célio. Suetônio afirma que, além dos prédios, “incluía campos de trigo, vinhas, prados onde pastavam carneiros, bosques povoados de gamos e outros animais selvagens, um lago artificial onde podiam navegar galeras.”
Contratou também o arquiteto grego Zenodorus que construiu uma imensa estátua de bronze do próprio Nero, com a altura de trinta e cinco metros e a colocou na entrada principal da residência. Essa estátua era chamada de Colosso. Estava próxima do Coliseu (que em Latim é Colosseum). Aliás, o Coliseu recebe seu nome dessa estátua e situa-se onde estava o lago do palácio de Nero.
Mas muito mais do que as dimensões era a suntuosidade do palácio do imperador. A obra toda era um conjunto de mais de 300 salas não apresentado nenhum aposento para dormir. Ele continuou dormindo em seu palácio no monte Quirinal.

NOSSAS VISITAS AO LOCAL
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As salas eram revestidas de mármore polido. O salão central, com uma enorme abóbada por onde entrava a luz solar, cuja cúpula, girando por impulsão de escravos escondidos nas paredes, dava a impressão do movimento universal. Os raios solares, com o movimento das cúpulas enormes, e suas claraboias laterais projetavam-se pelo enorme salão octogonal, causando impressionante efeito visual.
Embora fosse propriedade privada do imperador, havia ruas abertas à população, que podia circular pelo entorno dos prédios, bem como por jardins e parques.
"A principal sala de banquetes era circular e rodava perpetuamente dia e noite, imitando o movimento dos corpos celestes", escreveu o historiador Suetonius, autor da biografia de 12 imperadores. "Todas as salas de jantar tinham tetos adornados com marfim, cujos painéis podiam ser recolhidos e deixar cair uma chuva de flores sobre os seus hóspedes".
Desta área do palácio, podia apreciar-se uma visão panorâmica do Fórum Romano. Mas o próprio imperador não usufruiu do palácio por muito tempo. A construção terminou em 68 d. C. ano em que Nero se suicidou, após ser afastado do trono, por uma ação do senado romano.
Hoje, somente restam algumas ruínas da Domus Aurea Neronis, espalhadas pelo centro de Roma, próximas às ruínas do Coliseu.

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