terça-feira, 13 de agosto de 2013

O cão e a carne

Conta o fabulista grego Esopo que descia um cão a correnteza de um rio, levando à boca um naco de carne que pilhara de um açougue. Assim que as águas serenaram e pôde enxergar-se no espelho delas, viu o próprio vulto esbelto e, julgando tratar-se de outro cão, avançou na direção da imagem, abrindo a beiçorra de dentes aguçados. A corrente arrebatou-lhe a presa.

Quantos cães cobiçosos trilham os rios da vida!


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