domingo, 25 de agosto de 2013

Chove! de Mário Quintana


Lançamento da obra CONTOS DA VIDA DIFÍCIL de ALDYR GARCIA SCHLEE

Apresentação do músico-compositor e instrumentista Paulo Timm
   
Professora Cátia Goularth - UNIPAMPA
Com o editor Alfredo Aquino da Editora Ardotempo
Com o Prof. José Luiz Marasco Cavalheiro Leite e seu filho Eduardo Leite, Prefeito de Pelotas
 
Nas escadarias da Biblioteca Pública de Pelotas 

domingo, 18 de agosto de 2013

Para meus amigos... por Aldema Menini Mckinney

Minha santa maninha de tantos momentos, nós fomos nascendo um para o outro no "devagar de pressa dos tempos", nas grandes distâncias que, em nos separando, nos unem. Tantos gostos comuns, tantas diferenças... Junge-nos um amor fraternal de natureza divina, mas profundamente humano. Temos algumas paixões comuns como a de palmilhar este mundo em cujos caminhos encontram-se as trilhas dos deuses. Amo a tua força vitoriosa de encarar as adversidades e ao mesmo tempo de usufruir dos dons que vida abundantemente colocou à tua mesa. Serenamente com sereno gesto, o semblante ameno dos que sabem, vais em frente sempre. E a existência coroa-te com a felicidade espelhada em teu sorriso franco que encanta a todos e embala meu espírito rumo ao infinito. O amor que nos une é de uma natureza especialmente elevada e simples que me faz feliz. Bondosa menina das muitas horas de estudo compartilhadas, um laço forte e irresistível do teu ser arrasta-me para a felicidade que me ensina a unir-me cada vez mais solidamente à minha Cris. Compartilho contigo a felicidade das bodas de prata que Cris e eu comemoramos no amor que ilumina nosso caminho de uma forma muito nova neste ano.
Fraternos ósculos do velho amigo
Oscar Brisolara

HINO DA CANALHA - AFFONSO ROMANO DE SANT'ANNA por Oscar Brisolara


AFFONSO ROMANO DE SANT’ANNA

         É um poeta brasileiro, mineiro, professor universitário. Formado em Letras pela Universidade Federal de Minas Gerais, lecionou na Universidade de Los Angeles, nos USA.
         É doutor em Letras pela Universidade Federal de Minas Gerais. Lecionou também na PUCRJ. Ministrou cursos na Universidade de Colônia, na Alemanha, na Universidade de AARHUS, na Dinamarca, EM Portugal, na Universidade Nova de Lisboa, e na França, na Universidade de Aix-em-Prtovence.
         Foi também diretor da Fundação Biblioteca Nacional. Além do mais, foi jornalista exercendo suas funções em jornais como Jornal do Brasil e O Globo, trabalhando, atualmente no Correio Brasiliense e Estado de Minas Gerais. É casado com a também escritora Marina Colassanti.
OBRAS
1962 -"O Desemprego da Poesia" (ensaio);
1972 - "Análise estrutural de romances brasileiros";
1975 - "Poesia sobre Poesia";
1978 - "A grande fala do índio guarani";
1980 - "Que País é Este?";
1984 - "O Canibalismo Amoroso", que lhe deu o prêmio Pen-Club;
1984 - "Política e Paixão";
1985 - "Como se Faz Literatura";
1986 - "A Mulher Madura";
1987 - "O Imaginário a Dois" (com Marina Colassanti);
1988 - "O homem que conheceu o amor";
1991 - "Agosto 1991: Estávamos em Moscou" (com Marina Colassanti);
1993 - "O Lado Esquerdo do Meu Peito";
1994 - "Fizemos bem em Resistir";
1994 - "Mistérios Gozosos".2011 - "Sísifo desce a montanha"

HINO DA CANALHA

Affonso Romano de Sant’Anna
A canalha se ajuntou de novo, a canalha!
Em torno da mesma mesa e toalha
E acanalhando-se outra vez
Acanalhou-nos a todos, a canalha!

A canalha é ávida e inquieta, a canalha!
tem a audácia do corvo e a avidez da gralha,
com bico de urubu fuça a mortalha,
a canalha não larga o osso, a canalha!

No jogo do faz-desfaz, a canalha
nos  mantém no fio da navalha,
vive brincando com o fogo
e sai rindo da fornalha, a canalha!

Achincalha tudo o que toca, a canalha!
E ela nuca tarda e nunca falha,
sabe onde semeia e amealha,
mistura o trigo com a palha, a canalha!

Trabalha em silêncio, a canalha!
E  pode ter cara jovem ou grisalha.
De novo vão fazer o banquete
e nos jogar a migalha, a canalha!

A canalha não tem ética, a canalha!
Mostra os seus brasões e medalhas,
guarda os cofres na muralha
e faz da história uma bandalha, a canalha!

Diante dessa canalha
não sei se é melhor falar direto
ou se a metáfora atrapalha.
Bato no meu poema ou cangalha
e denuncio à minha gente a gentalha.

Pudesse fugir, fugia
para Pasárgada, Maracangalha,
Diante dessa canalha
Valha-me Deus!
e o próprio demônio valha!


SANT'ANNA, Affonso Romano de . O lado esquerdo do meu peito: livro de
aprendizagens. Rio de Janeiro: Rocco, 1992. 

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Anunciamos uma nova forma de envio com um valor diferenciado...

A TAXA NACIONAL ÚNICA, EMBORA MUITO MAIS BARATA, É MAIS DEMORADA, EM TORNO DE DEZ DIAS DE DEMORA PARA A ENTREGA, DEPENDENDO DA DISTÂNCIA DO PONTO DE ENTREGA.
 Equipe de apoio
Assim, a entrega, na compra pelo sistema Impresso Registrado Módico, o livro deve ser entregue em aproximadamente 10 dias, dependendo da distância do ponto de entrega, porém o preço único nacional, que, em nosso sistema, já inclui a taxa de seguro, 
é de R$ 5,97.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Ranking Vanguarda...


PUC


PUSHKIN: O NEGRO DE PEDRO, O GRANDE, DA RÚSSIA - PUSHKIN: THE NEGRO OF THE EMPEROR PETER THE GREAT OF RUSSIAN



         
Prof. Dr. Oscar Luiz Brisolara
Muitos ainda desconhecem que houve, na Rússia do século XIX, um grande escritor de origem negra. Pois se trata, nada mais nada menos, do que do grande romancista e poeta Alexander Pushkin, que é para seu país o que são Dante para a Itália, Shakespeare para a Inglaterra, Cervantes para a Espanha ou Camões para Portugal
Como é sabido, foi narrador e poeta da era romântica russa, chegando mesmo a ser considerado, por parte da crítica, como o maior poeta russo. Mas isso tudo a respeito do ilustre escritor é sobejamente conhecido.
O detalhe, importante para os movimentos anti-racistas, é o fato de ele ser descendente de um negro. Os próprios russos escondem esse fato. Em muitas biografias não é citado esse ascendente africano.
Segundo certa tradição, Pedro, o grande, que reinou na Rússia de 1682 a 1725, estava em Londres, junto à corte inglesa, para negociações de reforma e reposição da frota naval russa e teria se encantado com um menino africano que vivia no palácio de Jaime II.
Teria recebido a criança, por doação, após insistentes pedidos e a conduzido para a corte russa, que, nesse tempo, tinha sua sede em São Petersburgo. Aliás, esse nome se deve ao grande rei Pedro I, que ampliou as fronteiras do norte russo.
Há outras versões, como a de que o menino se originaria do norte de Camarões e teria sido vendido ao embaixador russo na Turquia, cujo sobrenome era Tolstoi. Esse, por seu lado, seria avô do renomado escritor russo Leon Nikolaievitch Tolstoi.
Seja qual for sua origem verdadeira, aconteceu que foi apadrinhado de Pedro I da Rússia, que o enviou para estudar em Paris. Esse seria o bisavô de Pushkin pelo lado materno.
Na capital francesa, frequentou L’École d´Artillerie de La Fère,para estudar arte militar. Retornando a São Petersburgo, ingressa no exército russo, chegando ao grau de general. Segundo alguns, teria chegado mesmo ao comando do exército russo. Recebera o nome soviético de Abram Petrovitch Hannibal.
Esse foi seu caminho para a nobreza. Seguiu, primeiramente, da França para a Espanha, lutando na guerra da sucessão, já no posto de capitão. De retorno à Rússia, casou-se com uma condessa. A avó do poeta, Nadezda Ossipovna Hannibala, originou-se desse casamento.
Continuou a família do grande escritor a fazer parte da nobreza russa. Sua filha, Natália Alexandrovna Pushkin, casou-se com um aristocrata da família Nassau.
Pushkin faleceu em conseqüência de um duelo, em razão de suposta infidelidade da esposa, com um oficial do exército russo, tendo o poeta apenas 38 anos de idade.
Seu sobrenome provém de um título de nobreza da família. A maioria dos estudiosos da história russa apagou os traços da origem africana do bisavô materno do poeta, numa evidente atitude racista.



terça-feira, 13 de agosto de 2013

Cântico Negro - José Régio

O poeta e narrador português José Régio escreveu este magnífico poema intitulado Cântico Negro que passo a ler para os amigos.


O cão e a carne

Conta o fabulista grego Esopo que descia um cão a correnteza de um rio, levando à boca um naco de carne que pilhara de um açougue. Assim que as águas serenaram e pôde enxergar-se no espelho delas, viu o próprio vulto esbelto e, julgando tratar-se de outro cão, avançou na direção da imagem, abrindo a beiçorra de dentes aguçados. A corrente arrebatou-lhe a presa.

Quantos cães cobiçosos trilham os rios da vida!


sexta-feira, 9 de agosto de 2013

HOMENAGEM A MEU PAI VALCIR

PAI, PERDOA AS MINHAS AUSÊNCIAS TODAS. RECEBE O CARINHO DESTE FILHO QUE TEM PROFUNDO ORGULHO DE DESCENDER DE TI. PELAS ESTRADAS TODAS, LEVO TEU ROSTO COMIGO COMO UM FACHO QUE ME ORIENTA NO RUMO CERTO.
OSCAR